No dia 31 de agosto de 1923 nascia, no Rio de Janeiro, Emília Savana da
Silva Borba, mais conhecida como Emilinha Borba, uma popular cantora,
coroada como a Rainha do Rádio e representante da Era de Ouro do rádio
brasileiro. Ao longo de sua carreira, gravou uma enorme quantidade de
discos: 78 RPM (total de 117), Long Play (89), Compacto - simples e
duplo (71) e Compact Disc Laser (27). Desde muito cedo ela já mostrava
talento como cantora.
Aos 14 anos ganhou seu primeiro prêmio, na Rádio
Cruzeiro do Sul. Também levou a nota máxima no programa "Calouros de Ary
Barroso" e depois começou a fazer parte dos coros das gravações da
Columbia. Formou a dupla As Moreninhas com Bidú Reis e se apresentou
em rádios durante um ano e meio. Após desfazer a dupla, Emilinha passou a
cantar sozinha e foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, onde ficou
conhecida como a "Garota Grau Dez". Em 1939, gravou o seu primeiro
disco, em 78 RPM. No mesmo ano, foi levada por sua madrinha artística,
Carmen Miranda, de quem sua mãe era camareira, para fazer um teste no
Cassino da Urca. Como era menor, ela alterou sua idade para alguns anos a
mais para poder trabalhar.
Aprovada no teste, virou uma das principais
atrações da casa. Depois, vieram os filmes em sua carreira. Sua estreia
no cinema foi em 1939 com o filme Banana da Terra, que tinha também
Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Oscarito e Virgínia
Lane, a Vedete do Brasil". Permaneceu 27 anos na Rádio Nacional, de
1943 a 1970, onde viveu o auge de sua carreira. Em 1953, Emilinha foi
coroada Rainha do Rádio, unicamente com o apoio popular. De 1968 a 1972,
Emilinha teve um edema nas cordas vocais e, após três cirurgias e uma
reeducação da voz, voltou a cantar. Em 2003, após 22 anos sem gravar um
trabalho só seu, lançou o CD "Emilinha Pinta e Borba", com participações
de diversos cantores.
Emilinha morreu aos 82 anos, no dia 3 de outubro
de 2005, de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento em
Copacabana, no Rio de Janeiro.
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