No dia 7 de julho de 1990 morria, no Rio de Janeiro, Agenor
de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, cantor, compositor e
ex-líder da banda Barão Vermelho. Em nove anos de carreira, Cazuza
deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.
Polêmico, ele também chamava atenção por sua vida boêmia e pela sua
declarada bissexualidade. Em 1989, admitiu ter contraído o vírus da Aids
e morreu por conta dessa doença. Dentre as suas músicas mais famosas
com Barão Vermelho estão "Todo Amor que Houver Nessa Vida", "Pro Dia
Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".
Já em sua carreira solo, destaque para "Exagerado", "Codinome
Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz
Parte do meu Show", "O Tempo
não Para" e "O Nosso Amor a Gente Inventa". Nascido no dia 4 de abril de
1958, no Rio de Janeiro, Cazuza era filho único e sempre teve contato
com o mundo da música por conta do trabalho do seu pai na indústria
fonográfica. Com isso, ele cresceu em meio a figuras como Caetano
Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil e João Gilberto. A mãe,
Lucinha Araújo também cantava e gravou três discos. Cazuza começou a
cantar em público no começo da década de 80 e, junto à banda Barão
Vermelho, conquistou grande sucesso. Em janeiro de 1985, ele e a banda
se apresentaram na primeira edição do Rock in Rio. Neste mesmo ano,
deixou o Barão Vermelho para seguir a carreira solo.
Nesta época,
suspeita-se que Cazuza já tivesse adquirido o vírus da Aids. A partir de
1987, contraiu pneumonia, doença em decorrência da Aids. Mais tarde,
viajou aos EUA para fazer um tratamento com AZT. Em 1988, lançou o álbum
Ideologia e, no mesmo ano, gravou O Tempo Não Para. Seu último álbum
em vida foi Burguesia (1989). Em fevereiro de 1989, Cazuza declarou
publicamente ser soropositivo e apareceu de cadeiras de rodas para
receber um prêmio pelo álbum Ideologia. Bastante debilitado, ele morreu
aos 32 anos por conta de um choque séptico causado pela AIDS.
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